Dois agentes públicos suspeitos de concederem benefícios ilegais para presidiários foram alvos de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) em Londrina, na manhã desta quinta-feira (13).

Segundo as investigações, um analista judiciário e um servidor do Patronato Penitenciário agiram para conceder progressão antecipada de regime, tornar o andamento de um processo mais ágil, garantir o livramento condicional de presos e até omitir a emissão de um mandado de prisão.

As investigações apuram se os servidores recebiam propina de uma organização criminosa para facilitar o caminho dos presos. Uma terceira pessoa, um ex-custodiado, é investigado por ser o elo entre as demandas dos presidiários e os servidores públicos.

O Gaeco descobriu que o servidor da Vara de Execuções Penais não realizou o cumprimento de um mandado de prisão de um traficante de Londrina, que havia sido condenado a 12 anos de prisão, em um processo que transitou em julgado.

Os agentes cumpriram 19 mandados de busca e apreensão e duas aplicações de medidas cautelares. Os sigilos bancário, fiscal e telemático dos investigados foram quebrados. Os suspeitos estão impedidos de acessar qualquer unidade judiciária ou do Depen, não podem manter contato entre si e nem com investigados e sofreram a suspensão das funções públicas.

Redação Catve.com