O volume de água nas Cataratas do Iguaçu, um dos principais cartões-postais do Brasil, chamou a atenção nesta quinta-feira (26). A vazão chegou a impressionantes 2,6 milhões de litros por segundo, quase o dobro do fluxo considerado normal para o ponto turístico, que gira em torno de 1,5 milhão de litros por segundo.

De acordo com informações da Companhia Paranaense de Energia (Copel), o aumento começou a ser registrado na terça-feira (24) e está diretamente ligado às fortes chuvas que vêm atingindo o Paraná nos últimos dias. A elevação rápida do nível do Rio Iguaçu intensificou a força das quedas, transformando a paisagem e proporcionando um espetáculo ainda mais grandioso para os visitantes.

Apesar do aumento no volume de água, o Parque Nacional do Iguaçu permanece com suas atividades abertas ao público. Trilhas, passarelas, ciclovias e os acessos às áreas de observação, como a famosa Garganta do Diabo, seguem liberados, garantindo aos turistas uma experiência única em meio à névoa e ao estrondo das águas.

As Cataratas do Iguaçu, localizadas na divisa entre Brasil e Argentina, formam o maior conjunto de quedas-d’água do mundo, com 275 saltos catalogados. As quedas variam entre 40 e 80 metros de altura, podendo ultrapassar os 100 metros durante períodos de cheia, como o atual.

O fenômeno, embora não seja inédito, chama atenção pela velocidade com que a vazão se alterou — em menos de 48 horas, o volume de água praticamente dobrou, um indicativo claro dos impactos das chuvas intensas e das variações climáticas no estado. Além de seu valor turístico, o Rio Iguaçu é essencial para o abastecimento das usinas hidrelétricas da região antes de desaguar no Rio Paraná.

O parque segue monitorando a situação de perto, mantendo a segurança dos visitantes e preservando o espetáculo natural que atrai turistas de todo o mundo.