O caso do corpo carbonizado localizado em uma área de mata na zona rural de Bernardo de Irigoyen, na fronteira entre Brasil e Argentina, ganhou novos desdobramentos nesta terça-feira (19). As autoridades argentinas informaram que os restos mortais podem pertencer a um brasileiro desaparecido há alguns dias na região da Tri Fronteira.

Segundo informações obtidas pelo Jornal da Fronteira, o Comandante da Unidade Regional XII da polícia de Bernardo de Irigoyen, Comisario Mayor Celestino Medina, recebeu a confirmação do registro do desaparecimento de um homem na região. As suspeitas preliminares apontam para um empresário residente nas chamadas cidades gêmeas da fronteira.

O achado dos restos mortais ocorreu na noite de segunda-feira (18), quando equipes da Unidade Regional XII foram acionadas para a comunidade de Juan Manuel de Rosas, situada a cerca de 10 quilômetros da fronteira. Populares teriam localizado partes de um corpo parcialmente carbonizado em uma área de mata a aproximadamente 12 quilômetros da Ruta Nacional 101.

No local, os policiais constataram que se tratava de partes de um corpo humano, incluindo a coluna vertebral unida ao crânio, que apresentava sinais de ter sido devorado por animais. Também foram encontradas peças de roupa, cabos e outros ossos, todos parcialmente queimados.

De acordo com informações colhidas no local, a vítima seria um homem de aproximadamente 30 a 35 anos, desconhecido pelos moradores da região. O comandante Celestino Medina afirmou que não há registro de desaparecimento de pessoa com as mesmas características do corpo encontrado. Informações preliminares indicam que a morte teria ocorrido há cerca de uma semana.

Equipes da Polícia Científica realizaram os procedimentos de praxe e recolheram os restos mortais para necropsia. As informações foram compartilhadas com autoridades policiais da região, inclusive do lado brasileiro, com o objetivo de identificar a vítima.

O caso segue sob investigação, enquanto as famílias de desaparecidos na região aguardam por respostas das autoridades.

Fonte: CGN