O número de motoristas brasileiros com problema de visão cresceu quase 80% em 10 anos. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Um exemplo disso é a Tere Maria de Jesus, uma motorista experiente que só dirige de óculos. Há alguns anos ela percebeu o enfraquecimento da visão, o que prejudicou a visibilidade para dirigir. Na hora de renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ela não dispensa o acessório.

É no exame oftalmológico que os problemas de visão são detectados. Por isso, as consultas de rotina devem estar em dia.

Para uma condução segura, estar com a saúde dos olhos em dia é fundamental. Dados divulgados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, baseados em informações da Secretaria Nacional de Trânsito, mostram um aumento alarmante nos casos de motoristas com restrições na CNH devido a problemas de visão.

Em 2014, o registro é 14,4 milhões de pessoas com restrição. Dez anos à frente, em 2024, esse dado subiu para 25,4 milhões. Os números representam um aumento de 77%.

Entre os principais fatores estão envelhecimento da população, hábitos ruins, e uso cada vez maior de telas também contribuiu para esse aumento.

Além de colocar a própria segurança e vida em risco, o motorista que ignora esses sinais não também arrisca outras pessoas.

Por isso, a condição oftalmológica tem que ser sempre cuidada pelo motorista e muito bem avaliada pelo médico do tráfego e por seus oftalmologistas.

Na renovação da CNH, dependendo da gravidade da deficiência, o condutor pode ser impedido de dirigir à noite ou ter que usar óculos/lentes de contato. O tempo de renovação da carta também pode diminuir. E atenção: a infração pode gerar multa!

Se, durante a fiscalização, o motorista não estiver usando as lentes corretivas impostas por ocasião da concessão da CNH, é considerada infração gravíssima: sete pontos na carteira e o veículo é retido até que outra pessoa habilitada venha retirar o veículo.

Para as autoridades, os números do relatório servem para aprimorar as políticas públicas de prevenção a acidentes.

A partir disso, uma vez que as autoridades saibam o que está acontecendo, como os tipos de doença que mais afetam, a legislação pode ser adaptada para novos problemas que estão acontecendo.

Fonte: Catve.com