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Notícias da Região | Crime

Quinta-feira, 19 de Setembro de 2024

Criminosos transmitiam sinal pirata da Premier League

Mandados são cumpridos em quatro cidades paranaenses e em outros países

Quatro pessoas se tornaram alvo de investigação por transmitir sinal de TV a cabo para streamings de modo ilegal em cidades do Paraná, na manhã desta quinta-feira (19).

Dois investigados foram presos em flagrante enquanto a Polícia Civil cumpria os mandados de prisão em Curitiba(PR), Pinhais (PR), Campo Largo (PR) e AssisChateaubriand (PR). A ação, pertencente à sétima fase da Operação 404, ocorre no Brasil, Argentina, Paraguai, Peru, Reino Unido e União Europeia.

"A Premier League, que é a maior liga de futebol do mundo, entrou como vítima para reclamar de um site que transmitia jogos de futebol de forma indevida", explica o delegado do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) da Polícia Civil, José Barreto. Além da transmissão desse esporte, os criminosos eram responsáveis por plataformas que exibiam telenovelas e canais de TV a cabo.

A orientação da Polícia Civil é que a população não pague e não consuma serviços piratas. As investigações desta etapa da operação ficaram restritas em localizar os fornecedores dos sinais, mas a responsabilidade dos clientes e outros crimes poderão ser averiguados em novos desdobramentos da operação.
 


Operação 404
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) realiza, nesta quinta-feira (19/9), a Operação 404. Em sua sétima fase, a ação tem o objetivo de combater crimes praticados contra a propriedade intelectual na internet e faz parte de uma mobilização internacional.

Conteúdos em áudio e vídeo, como jogos e músicas, foram removidos, além do bloqueio e suspensão de 675 sites e 14 aplicativos de streaming ilegais. Também houve a desindexação de conteúdo em mecanismos de busca e remoção de perfis e páginas em redes sociais. Foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão. Diversos materiais relacionados aos crimes foram apreendidos em decorrência das ordens judiciais.

A ação foi coordenada pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações e de Inteligência (Diopi), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), pelas Polícias Civis do Espírito Santo, de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Minas Gerais, do Paraná, de Pernambuco, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo e os Ministérios Públicos de São Paulo (Cyber Gaeco) e Santa Catarina (Cyber Gaeco).

Perdas para o setores cultural e criativo

Os investigados são suspeitos de distribuir conteúdo pirata em sites e plataformas digitais, prática que causa prejuízos significativos à economia e à indústria criativa, além de ferir os direitos de autores e artistas. As perdas para o setor cultural e criativo são significativas, mas os danos vão além do impacto econômico.

Um exemplo recente, a Operação Redirect, coordenada pelo Ciberlab, destacou o risco à segurança dos consumidores que utilizam serviços piratas. Durante a ação, foram identificados sites de pirataria que, além de distribuírem conteúdo sem autorização, infectavam os dispositivos dos usuários com malwares e vírus, deixando-os expostos a práticas de roubo de dados, como phishing e outras formas de ataque cibernético.

Esses sites registraram mais de 12 milhões de visitas no último ano, expondo uma grande quantidade de consumidores a riscos de segurança digital. Isso evidencia que o uso de plataformas ilegais não só prejudica os detentores de direitos autorais, mas também coloca em risco as informações pessoais e financeiras dos usuários.

Fonte: Catve.com

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