A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu duas pessoas em flagrante, responsáveis por vender produtos contaminados pelas enchentes que atingiram o estado gaúcho desde o início de maio deste ano. A prisão aconteceu na tarde desta quinta-feira (20), no município de Viamão, localizado na região metropolitana de Porto Alegre.

A ação da polícia, que contou com o apoio da Prefeitura de Viamão, através da Secretaria de Saúde e da Secretaria do Meio Ambiente, ocorreu no bairro Fiúza após uma denúncia anônima.

Conforme Jeiselaure de Souza, delegada responsável pelo caso, os agentes policiais chegaram ao local da denúncia e se depararam com os produtos que eram oferecidos para venda a diversos consumidores do município. A delegada acrescentou que as mercadorias, que foram encontradas cobertas por lama, eram lavadas pela dupla de forma bastante precária no pátio da residência antes de serem vendidas.

Os produtos eram adquiridos de uma grande rede de farmácias e foram considerados todos impróprios para consumo em decorrência do alto risco de contaminação por terem entrado em contato com as águas das enchentes.

À CNN, a delegada alegou que a carga dos produtos havia sido levada por um caminhão até a residência dos suspeitos. Possivelmente, o veículo era propriedade de uma empresa que era contratada para fazer o descarte dos resíduos.

As câmeras de segurança localizadas nas proximidades da residência mostraram o momento em que o caminhão descarregou as mercadorias contaminadas. De acordo com a polícia, no local também funcionava uma lanchonete, que foi interditada pela Vigilância Sanitária, devido às péssimas condições do comércio.

Os dois suspeitos, sendo um homem de 44 anos e uma mulher de 21, responderão pelo crime contra as relações de consumo, dado que ofereciam os produtos considerados impróprios para consumo.

As mercadorias foram encaminhadas para o descarte. A investigação segue em andamento para averiguar a identidade do motorista do caminhão, além de verificar a forma como a situação era articulada entre as pessoas envolvidas no caso.

CNN