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Segunda-feira, 17 de Junho de 2024
Ela não tentou ajudar, tentou fugir, diz mãe do menino Nando que morreu atropelado
Muito abalada, Mônica Souza prestou depoimento na delegacia em Cascavel
Mônica Souza conversou com o Portal Catve.com e contou como foi o acidente que matou o filho, Fernando Lorenzo Souza Gehlen, de nove anos, no bairro São Cristóvão, em Cascavel (PR), na última sexta-feira (14).
"Houve falta de atenção", afirma presidente da Transitar
Muito abalada, a mãe disse que o menino estava feliz após ter passado o dia no cinema. Acompanhado de Vicente, um amigo da família, a criança parou na esquina para buscar a mãe no trabalho.
Novas imagens mostram atropelamento
Depois de Mônica sair da empresa, ela viu o filho agradecendo Vicente pelo dia que teve. O menino contou para mãe que ganhou um skate e lhe deu um abraço. Mônica Souza afirma que a condutora bateu contra a moto e, na sequência, atingiu a criança.
"Ela acertou o meu filho pela primeira vez e foi tentar fugir. No que ela foi tentar fugir, ela saiu arrastando o meu piazinho. Ela quebrou todo o meu Nando, ela machucou todo o meu Nando", lamenta a mãe.
O acidente
Criança morre em grave acidente na rua Paraná
A mãe e o amigo, Vicente, sofreram apenas ferimentos leves. Eles foram atendidos pelos socorristas e encaminhados para unidades hospitalares. Fernando Lorenzo, no entanto, não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu no local.
Antes de atingir a criança, o carro bateu contra a motocicleta no cruzamento da rua Paraná com a Avenida Piquiri, no bairro São Cristóvão. Logo em seguida, o veículo invadiu a calçada e atingiu três pessoas da mesma família, incluindo o menino de nove anos que morreu.
Por 20 minutos, os militares tentaram reanimar a criança, que estava em parada cardíaca, mas não obtiveram sucesso.
A motorista causadora do acidente foi encaminhada para a Delegacia Cidadã para prestar depoimento. Após provocar o atropelamento, ela não conseguiu sair do carro para prestar os primeiros atendimentos às vítimas, porque recebeu ameaças de populares.
O que diz a Transitar?
A presidente da Transitar, Simone Soares, disse que os acidentes ocorrem pelo desrespeito à sinalização de trânsito, criticou a conduta dos motoristas infratores e explicou o porquê da não existência de um semáforo no local.
"Esse cruzamento não deveria ter semáforo. O fluxo da avenida Piquiri é muito menor do que o do Paraná. As pessoas precisam respeitar. As pessoas não param. É adaptação? Quanto tempo demora para a adaptação? Como vamos fazer para segurar alguém que não larga o celular?", argumentou. Investigações da Polícia Civil.
Polícia Civil investiga o acidente
De acordo com a delegada da Polícia Civil Thais Zanatta, a condutora pode ser indiciada pelos crimes de lesão corporal culposa e homicídio culposo, quando não há intenção direta no cometimento do crime. A pena máxima é de 6 anos de prisão.
A Polícia Civil recebeu relatos de que a motorista estaria utilizando o celular no
momento do acidente. No entanto, a delegada afirmou que essa hipótese só poderá ser confirmada por meio de imagens de câmeras de seguranças que comprovem o delito.
Fonte:Catve