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Sexta-feira, 19 de Setembro de 2025

Estado de conservação dos corpos deve contribuir para identificação rápida, afirma Polícia Científica

Correio do Ar

O estado de conservação dos quatro corpos localizados em Icaraíma, por volta das 23h desta quinta-feira (18), deve contribuir para a identificação mais rápida das vítimas. A informação foi confirmada pelo perito criminal Edilson Miaqui, da Polícia Científica de Umuarama, que coordena os trabalhos no Instituto Médico-Legal (IML) da região. As informações são do Portal O Bemdito.

Os corpos pertencem a quatro homens que estavam desaparecidos desde 5 de agosto. A suspeita é de que Alencar Gonçalves de Souza, Diego Henrique Afonso, Rafael Juliano Marascalchi e Robishley Hirnani de Oliveira tenham sido vítimas de uma emboscada em uma propriedade rural no distrito de Vila Rica do Ivaí.

Segundo Miaqui, a Polícia Civil de Icaraíma acionou a equipe da Polícia Científica por volta de 00h10 para recolher os corpos. O local onde os corpos foram encontrados é próximo de onde já haviam sido coletados outros vestígios relacionados ao crime e onde as forças de segurança mantinham buscas constantes. O perito ressaltou que a identificação oficial será feita por exames de papiloscopia, embora tudo indique que os corpos sejam dos quatro homens desaparecidos.

“A região é arenosa e, pelo fato de os corpos estarem enterrados, eles ficaram muito sujos. No entanto, há sinais que sugerem violência e marcas de tiros”, explicou Miaqui. Ele afirmou ainda que os corpos estavam juntos, amontoados, e que o terreno, por ser composto de material inorgânico, contribuiu para a boa conservação dos restos mortais, o que deve facilitar a identificação sem a necessidade de exames de DNA.

A Polícia Civil confirmou que os corpos apresentam marcas de tiro no rosto e no abdômen, o que indica execução. Miaqui, contudo, frisou que exames adicionais ainda serão realizados para confirmar todos os indícios de violência, já que a sujeira e o estado dos corpos podem dificultar a análise visual preliminar.

Em entrevista, o perito detalhou a operação: “Fomos acionados pela delegacia de Icaraíma por volta de meia-noite. A polícia civil fazia buscas constantes na região, que é de difícil acesso, sem sinal de celular e com muita mata. Encontramos uma área arenosa onde as quatro pessoas estavam enterradas. Ainda estamos em fase de identificação, mas é muito provável que sejam os desaparecidos”, afirmou.

Sobre a dinâmica do crime, Miaqui explicou que ainda é cedo para afirmar com precisão como se deram os fatos, devido à complexidade do local e à necessidade de análise dos vestígios. “A sequência dos disparos e o local exato do embate ainda dependem do cruzamento de informações entre os corpos e os demais vestígios encontrados”, disse.

Quanto aos veículos supostamente utilizados no crime, Miaqui relatou que foram feitas perícias em mais de um automóvel, incluindo um Fiat Strada, localizado na mesma região. “O veículo apresenta marcas de furto próximas às datas do desaparecimento. Estamos verificando adulterações, mas nada muito significativo foi encontrado até o momento”, declarou. Não foram identificados vestígios inequívocos de sangue ou tiros no veículo, possivelmente devido ao tempo decorrido e à lavagem do automóvel.

Em relação ao prazo para liberação dos corpos, Miaqui informou que os exames estão em andamento e que a liberação dependerá da conclusão das análises preliminares e da identificação formal. “Estamos capturando todos os vestígios possíveis. Os corpos estão em decomposição, então é necessário cuidado. Não é possível precisar um prazo neste momento”, concluiu.

A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Civil de Icaraíma, com apoio da Polícia Científica de Umuarama.

Fonte: CGN com informações e imagems são do O Bemdito

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