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Notícias da Região | Operação Pandora

Terça-feira, 26 de Agosto de 2025

Gaeco cumpre mandados contra empresários e servidores públicos da região de Cianorte

Nove pessoas já foram detidas; ação apura irregularidades envolvendo agentes públicos e empresários da região de Cianorte

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou, hoje (terça-feira, 26), a Operação Pandora na cidade de São Tomé, localizada na região de Cianorte. A ação tem como foco o cumprimento de mandados judiciais de busca, apreensão e prisão, com o objetivo de investigar possíveis irregularidades cometidas por agentes públicos em parceria com empresários locais.

Até o momento, nove pessoas foram detidas, entre elas dois investigados já citados na primeira fase da operação, além de oito empresários. Ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados, alguns deles dentro da própria Prefeitura de São Tomé, o que levanta suspeitas sobre o envolvimento direto de servidores públicos municipais em um esquema de corrupção ou desvio de recursos.

Os presos estão sendo levados ao Ministério Público, onde serão tomadas as medidas legais cabíveis. A Polícia Civil de Cianorte acompanha os trabalhos, prestando apoio operacional ao Gaeco durante a execução da operação.

Segunda fase
A Operação Pandora segue em andamento e novas informações devem ser divulgadas conforme o avanço das investigações. É uma segunda etapa da Operação Sanguessuga, desenvolvida em maio deste ano, onde um vereador e ex-vereador foram presos por suspeita de desvio de R$ 339 mil em recursos da Associação Municipal dos Servidores de São Tomé. Os dois detidos fizeram parte da diretoria da associação em São Tomé.

Segundo a Polícia Civil, o caso começou a ser investigado em junho de 2024, após uma denúncia. O delegado Luís Fernando Alves Silva explicou que a apuração apontou que os desvios ocorreram por meio de fraudes contábeis e contratuais.

“Foi feito o aprofundamento da investigação com as cautelares com quebra de sigilo bancário, financeiro e fiscal dos investigados alvos da operação e que apontou indícios suficientes de autoria para uma possível associação criminosa voltada ao desvio de recursos da Associação”, disse o delegado.

Algumas movimentações aconteceram em contas de pessoas físicas e jurídicas vinculadas aos suspeitos, inclusive com emissão de cheques para custear despesas pessoais dos investigados.

Segundo o delegado, os recursos desviados deveriam ser utilizados para manter o plano de saúde dos servidores e para custear as despesas de manutenção da associação, que foi encontrada em estado de abandono, segundo os policiais.

Na ocasião, foram apreendidos dois carros de luxo, moto, jet ski e ônibus, além de documentos e mídias digitais. Também foi determinado o bloqueio de contas bancárias dos suspeitos.

Fonte: Umuarama News

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