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Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025

Golpistas usam nome de advogada ferida ao salvar família de incêndio no PR para criar 'vaquinhas' falsas e mãe alerta: 'Não estamos pedindo nada'

Juliane Vieira teve 63% do corpo queimado e começou a acordar do coma induzido depois de dois meses internada.

Golpistas estão usando o nome da advogada Juliane Vieira para criar "vaquinhas" falsas na internet. As mensagens pedindo dinheiro para o tratamento dela têm circulado por redes sociais. O Hospital Universitário de Londrina , onde Juliane está internada, emitiu uma nota dizendo que as arrecadações em nome da paciente são falsas. A mãe dela, Sueli Vieira, também fez um vídeo alertando que a família não está pedindo dinheiro. Assista acima.

Juliane, que tem 28 anos, teve 63% do corpo queimado ao salvar a mãe e o primo de 4 anos durante um incêndio em um prédio no centro de Cascavel, no oeste do Paraná. Ela está internada há dois meses no Centro de Tratamento de Queimados do hospital, que é referência no atendimento a pacientes com esse tipo de ferimento no estado.

Recentemente, ela começou a acordar do coma induzido e a se comunicar com familiares. Apesar do quadro de saúde ainda ser delicado, a mãe informou que a filha apresenta sinais de melhora. A mãe de Sueli afirmou que o tratamento está sendo feito gratuitamente pelo SUS.

"Eu queria informar que qualquer vaquinha, qualquer valor que esteja rodando nas redes sociais, é golpe. Nós da família não estamos pedindo absolutamente nada, porque o HU é 100% SUS, é completamente gratuito, então nós não estamos pedindo nada, é tudo golpe", disse Sueli.

O hospital informou que vaquinhas on-line e campanhas de arrecadação estão sendo criadas por criminosos, que chegam a colocar fotos de outras pessoas nas divulgações. Golpistas também estão publicando histórias falsas sobre o caso da advogada, para solicitar dinheiro.

Por isso, o HU esclareceu que a família de Juliane não está realizando nenhuma campanha de arrecadação e todos os pedidos de doação em nome da paciente são golpes.

Quando o acidente aconteceu, amigas de Juliane se reuniram e divulgaram uma vaquinha online para ajudar a família da advogada. Contudo, a arrecadação foi encerrada nesta terça-feira (16), para que não se confundisse com as falsas que estão sendo divulgadas na internet.

O HU reforçou que é uma instituição ligada ao Sistema Único de Saúde, onde "todo o tratamento é integral, gratuito e compreende toda a assistência necessária, não havendo qualquer custo para a paciente ou familiares".

O hospital orienta a população a não fazer doações, transferências ou pagamentos relacionados a campanhas em nome da Juliane. A orientação também é não compartilhar links, mensagens ou publicações com pedidos de arrecadação.

O incêndio aconteceu na manhã de 15 de outubro, em um apartamento no 13º andar, no cruzamento das ruas Riachuelo e Londrina, no bairro Country.

Imagens que circularam nas redes sociais mostraram Juliane do lado de fora do prédio, pendurada em um suporte de ar-condicionado, tentando resgatar a família.

No apartamento, estavam a mãe dela, Sueli, de 51 anos, e o primo, Pietro, de 4 anos. Após conseguir ajudar os dois, Juliane foi resgatada pelo Corpo de Bombeiros. Ela sofreu queimaduras em 63% do corpo.

A mãe dela teve queimaduras no rosto, nas pernas e inalou fumaça. Além disso, teve as vias respiratórias queimadas. Sueli ficou 11 dias internada no Hospital São Lucas, em Cascavel.

Pietro foi transferido para Curitiba, por causa da inalação de fumaça e queimaduras nas pernas e mãos. Ele ficou 16 dias internado e recebeu alta no fim de outubro.

Um bombeiro que ajudou no resgate teve queimaduras nos braços, nas mãos e em parte das costas, ele foi internado e teve alta dias depois. Outro teve queimaduras nas mãos e passou por atendimento médico.

Nesta segunda-feira (15), o incêndio completou dois meses. No fim de novembro, a Polícia Civil concluiu a investigação e apontou que o fogo não foi intencional. Segundo o laudo pericial, as chamas começaram na cozinha do apartamento.

Fonte: G1

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