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Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024

Líderes sindicais alertam sobre os riscos do pacote fiscal do governo

Correio do Ar

“Isso é Hobbywood ao contrário. Tira os direitos dos pobres para dar aos ricos”

Na última semana, líderes sindicais de todo o Brasil se manifestaram contra o novo pacote fiscal proposto pelo governo, alegando que as medidas representam um ataque direto aos direitos dos trabalhadores e da população mais vulnerável. Em um vídeo postado nas redes sociais, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, vice-presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), foi contundente em suas críticas: “Esse pacote atende à voracidade dos banqueiros, agiotas e especuladores, enquanto corta na carne dos trabalhadores e da população mais humilde”, declarou.

As alterações sugeridas no orçamento contemplam cortes significativos em programas fundamentais para a sociedade, incluindo R$ 18,1 bilhões no abono salarial e R$ 42,3 bilhões no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Além disso, o salário mínimo sofrerá uma redução de R$ 104,8 bilhões e o Bolsa Família será impactado em R$ 17 bilhões, enquanto o Benefício de Prestação Continuada (BPC) enfrentará um corte de R$ 12 bilhões.

Bira não hesitou em comparar a situação a uma inversão de valores e afirmou: “Isso é Hobbywood ao contrário. Tira os direitos dos pobres para dar aos ricos”. Para o vice-presidente da CTB, o pacote é uma verdadeira cilada, transferindo para os trabalhadores e a classe mais pobre o ônus de um ajuste fiscal que, segundo ele, é desenhado para atender apenas aos interesses do mercado financeiro.

A insatisfação dos representantes dos trabalhadores, reflete uma preocupação crescente com as consequências sociais dos cortes. O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas nas Cooperativas no Brasil – Fenatracoop, Mauri Viana Pereira, afirma que esse pacote fiscal pode agravar ainda mais, a já crítica situação de milhões de brasileiros. “Não podemos aceitar que os trabalhadores paguem a conta de uma crise que não criamos. Vamos lutar para que os direitos conquistados ao longo dos anos não sejam jogados no lixo”, revela Mauri Viana.

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