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Notícias da Região | Operação Transparência

Terça-feira, 23 de Setembro de 2025

Major da PM é preso acusado de cobrar propina e desviar R$ 344 mil em Maringá

Correio do Ar

O Ministério Público do Paraná, por meio dos Núcleos Regionais de Umuarama e de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu, na manhã desta terça-feira, 23 de setembro, em Maringá, um mandado de prisão preventiva contra um major da Polícia Militar. Além da prisão, foram executadas medidas constritivas patrimoniais, incluindo bloqueio de contas, veículos e imóveis, no valor total de R$ 344.333,00. As ações integram a Operação Transparência, desdobramento da Operação Zero Um.

Segundo as investigações, o major, que ocupava o cargo de comandante da 3ª Companhia Independente da Polícia Militar de Loanda, teria se aproveitado da posição para exigir e obter vantagens indevidas, caracterizadas como propina. O agente público já havia sido preso no início das investigações, passou a cumprir prisão domiciliar e, agora, foi novamente detido preventivamente. O Ministério Público do Paraná já apresentou denúncia formal contra ele pelo crime de cobrança de propina.

As apurações sobre os atos ilícitos tiveram início em setembro de 2024, após o Gaeco de Maringá receber informações sobre a possível prática de diversos crimes militares envolvendo o oficial superior e soldados da corporação. Com o avanço das investigações, foram reunidas evidências de que o comandante realizava, de maneira sistemática, a cobrança e o recebimento de propinas.

A denúncia, apresentada em 10 de setembro e recebida pelo Juízo no dia 15, detalha dez episódios de cobrança de valores a representantes de empresas que mantinham contratos de prestação de serviços com a Companhia. Parte dessas exigências ilícitas ocorreu durante a organização do 3º Torneio de Pesca da Companhia, ocasião em que a empresa fornecedora das camisetas do evento foi obrigada a repassar um percentual das vendas para a conta bancária do major, sob o pretexto de realizar benfeitorias nas instalações da corporação. Em outras situações, ficou comprovada a exigência de propina em troca do fechamento de contratos de prestação de serviços para a unidade policial.

O caso segue sob investigação, e o major permanece preso preventivamente enquanto tramitam os procedimentos judiciais.

Fonte: CGN

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