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Esportes | Olimpíadas de Paris

Quarta-feira, 24 de Julho de 2024

Marta fica perto de superar Cristiane e se tornar a maior artilheira

Rainha está perto de assumir a dianteira da lista entre homens e mulheres do futebol. No masculino, Romário, Tevez, Bebeto e Crespo já foram artilheiros olímpicos.

Foto: REUTERS/Molly Darlington

Dois gols. É o que a Rainha Marta precisa fazer em Paris para se tornar a artilheira máxima da história das Olimpíadas. Com 13 gols marcados, a craque brasileira tem apenas um a menos que Cristiane, a maior goleadora do futebol nos Jogos Olímpicos, considerando homens e mulheres (veja lista completa no fim da matéria).

Marta vai disputar o torneio pela sexta vez na carreira. A lendária camisa 10 do Brasil é figurinha carimbada desde os Jogos de Atenas, em 2004, quando tinha 18 anos de idade.

Naquela edição, há 20 anos, ela marcou três gols, mesmo número em Pequim 2008 e Tóquio 2020. Em Londres 2012 e no Rio de Janeiro 2016, foram duas vezes cada. Marta é a única atleta a marcar gols em cinco Olimpíadas diferentes. Se fizer em seis edições, então, será um feito ainda mais inédito.

O que a meio-campista de 38 anos buscará pela primeira vez é ser artilheira de uma única edição. Feito que Cristiane já conseguiu duas vezes: foi a goleadora máxima das Olimpíadas de Atenas 2004 e Pequim 2008, com cinco gols cada. Em 2004, Cristiane dividiu o posto com a alemã Birgit Prinz.

Com 14 gols marcados, a centroavante não foi convocada pelo técnico Arthur Elias e não terá a chance de prolongar suas estatísticas. A jogadora do Flamengo será comentarista da Globo nas Olimpíadas.

Portanto, em Paris, Marta precisará de apenas um gol para igualar e dois para ultrapassar Cristiane na artilharia das Olimpíadas de todos os tempos. Com média de um gol a cada duas partidas no campeonato, Marta entrou em campo 26 vezes na história dos Jogos.

A jogadora da Seleção vai em busca da sua terceira medalha olímpica. A camisa 10 conquistou a prata em Atenas 2004 e Pequim 2008. Em Tóquio 2020, o Brasil caiu nos pênaltis para o Canadá, nas quartas de final.

A estreia de Marta e companhia em Paris será nesta quinta-feira, às 14h (horário de Brasília), contra a Nigéria. A partida será no estádio lendário Chaban-Delmas, em Bordeaux, palco que Zidane e Leônidas da Silva brilharam no passado.

Futebol masculino

O futebol faz parte das Olimpíadas há 124 anos. Curiosamente, a primeira vez do esporte foi justamente em Paris nos Jogos de 1900. Desde então, são vários os jogadores que conseguiram ser artilheiros da competição.

Grande parte dos atletas não são conhecidos pelo mundo da bola. Mas também há super craques que conquistaram o feito. O primeiro deles foi Romário nos Jogos de 1988. No auge dos seus 22 anos, o Baixinho anotou sete gols na edição de Seul, na Coréia do Sul.

Outros atacantes lendários a conseguirem o feito foram Bebeto (1996), o chileno Iván Zamorano (2000), além dos argentinos Hernán Crespo (1996) e Carlos Tévez (2004). Leandro Damião (2012) e Richarlison (2020) foram os últimos brasileiros artilheiros dos Jogos.

No futebol masculino, em uma estratégia para não tornar as Olimpíadas uma "mini Copa do Mundo", apenas em 1984 a FIFA autorizou a participação de jogadores profissionais. Porém, somente atletas que nunca haviam disputado uma Copa do Mundo puderam ser convocados para os Jogos.

Em 1992, criou-se a restrição de idade de 23 anos. O futebol é o único esporte a ter essa limitação. A partir dos Jogos de Atlanta 1996, as seleções foram liberadas a levar até três jogadores acima dessa faixa etária e a regra segue até os dias de hoje.

Os maiores artilheiros do futebol masculino das Olimpíadas, de todos os tempos, são os desconhecidos Sophus Nielsen (Dinamarca) e Antal Dunai (Hungria). Nielsen jogou entre 1904 e 1920, enquanto Dunai atuou entre 1961 e 1978. A dupla tem os mesmos 13 gols da Rainha Marta.

O futebol feminino, por sua vez, faz parte das Olimpíadas desde 1996 e nunca houve limite de idade.

Maiores artilheiros da história das Olimpíadas

Feminino

  • 14 gols: Cristiane (Brasil)
  • 13 gols: Marta (Brasil)
  • 12 gols: Christine Sinclair (Canadá)
  • 10 gols: Birgit Prinz (Alemanha), Carli Lloyd (Estados Unidos) e Vivianne Miedema (Holanda)
  • 9 gols: Abby Wambach (Estados Unidos)
  • 8 gols: Pretinha (Brasil)

Masculino

  • 13 gols: Sophus Nielsen (Dinamarca) e Antal Dunai (Hungria)
  • 12 gols: Ferenc Bene (Hungria)
  • 11 gols: Domingo Tarasconi (Argentina) e Pedro Petrone (Uruguai)
  • 10 gols: Gottfried Fuchs (Alemanha) e Kazimierz Deyna (Polônia)
  • 9 gols: Harold Walden (Inglaterra) e Vilhelm Wolfhagen (Dinamarca)
  • 8 gols: Jan Vos (Holanda), Héctor Scarone (Uruguai), Carlos Tévez (Argentina), Bebeto (Brasil), Harald Nielsen (Dinamarca) e Ibrahim Reyadh (Iraque).

Fonte: G1

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