A Polícia Militar de Marechal Cândido Rondon atendeu, na quarta-feira (16), uma ocorrência de lesão corporal contra mulher, após receber denúncia via WhatsApp de que uma mulher estaria em situação de cárcere privado, sendo agredida e ameaçada com arma de fogo.

De acordo com informações fornecidas pela corporação, as equipes policiais realizaram o cerco do local indicado e, ao verificarem pela janela de blindex, constataram que não havia ninguém na cozinha e na sala. Em seguida, os policiais bateram na janela da cozinha e foram atendidos pela vítima, que relatou que a porta da residência estava aberta, o autor do crime encontrava-se dormindo no quarto, e que uma arma de fogo estaria guardada em uma caixa de papelão dentro do guarda-roupa.

Os agentes adentraram o quarto, localizaram o suspeito dormindo e procederam à abordagem e identificação do mesmo. Durante a busca pessoal, nada de ilícito foi encontrado. No entanto, durante buscas na residência, foi localizada, dentro de uma caixa de papelão, uma arma de fogo do tipo revólver, calibre 38, com três cartuchos deflagrados no tambor, além de vinte munições deflagradas em uma bolsa ao lado da arma.

Diante dos fatos, o suspeito recebeu voz de prisão pelos crimes de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido, e lesão corporal contra mulher, em contexto de violência doméstica e familiar.

A vítima foi identificada e relatou à equipe policial que, na noite anterior, terça-feira (15), data de seu aniversário, ao retornar para casa por volta da meia-noite, foi insultada pelo companheiro, que a chamou de “vagabunda”, desferiu diversos tapas em seu rosto, socos na nuca e orelha, e, em seguida, utilizou a arma de fogo para pressionar contra o olho da vítima, ameaçando-a de morte com a frase “hoje eu te mato”. Segundo a vítima, episódios de violência são recorrentes, mas ela permanece com o autor por dependência financeira e pela recusa do agressor em aceitar o divórcio.

Após o atendimento à ocorrência, as partes foram encaminhadas à 47ª Delegacia de Polícia Civil para a adoção dos procedimentos cabíveis.

Fonte: CGN