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Quarta-feira, 06 de Agosto de 2025
Polícia Civil do Paraná deflagra operação contra quadrilha especializada em fraudes digitais com cartões de crédito
Correio do Ar

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (6), uma grande operação para desarticular uma organização criminosa suspeita de aplicar golpes com cartões de crédito fraudados e movimentações ilícitas em contas digitais. A ação ocorre nas cidades de Londrina e Cambé, no Norte do Estado.
Mais de 100 policiais civis participam da operação, que tem como objetivo o cumprimento de 34 mandados judiciais: são 23 de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva, todos relacionados a crimes de estelionato eletrônico. Um helicóptero da PCPR também está sendo utilizado para dar suporte às buscas.
As investigações começaram a partir de um boletim de ocorrência registrado pela própria fintech vítima das fraudes. Conforme apurado, diversas contas digitais abertas no nome de moradores de Londrina estavam sendo utilizadas para realizar transações com cartões de crédito falsificados, por meio do aplicativo da instituição.
“Como os cartões eram fraudados, as operadoras cancelavam as transações, mas o prejuízo ficava para o banco digital, pois os valores já haviam sido rapidamente movimentados e distribuídos pela organização criminosa”, explicou o delegado Thiago Lima, responsável pelo inquérito.
A apuração revelou que os criminosos utilizavam pessoas como “laranjas” para receber os valores, que depois eram repassados a dois suspeitos – um homem e uma mulher – apontados como os líderes do esquema. Ao todo, foram identificadas 75 transações fraudulentas, com prejuízo estimado em cerca de R$ 200 mil.
Com base nas provas reunidas, a PCPR solicitou à Justiça os mandados que estão sendo cumpridos nesta quarta.
“Essa operação é fundamental para combater crimes cibernéticos que comprometem a segurança das transações digitais. Essas práticas não só afetam os bancos e correntistas, como também colocam em xeque a confiança em um setor essencial no mundo atual: o das finanças digitais”, destacou o delegado.
As investigações seguem em andamento para identificar outros envolvidos e o possível alcance da rede criminosa.
Fonte: CGN