Equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros intensificaram, nesta quinta-feira (21), as buscas pelos quatro homens desaparecidos no município de Icaraíma, noroeste do Paraná. A informação foi confirmada pelo delegado Gabriel Menezes, da 7ª Subdivisão Policial de Umuarama, responsável pela coordenação das investigações.

Segundo Menezes, o Grupo Tigre – unidade especial da Polícia Civil – acompanha o caso desde o início, atuando em conjunto com as equipes locais. As operações atuais são parte de um esforço de saturação e mapeamento da área. “Pessoal, são apenas trabalhos de rotina. Não temos nenhuma novidade para divulgação. É uma saturação da área, mapeamento de pontos”, declarou o delegado.

O grupo desaparecido é composto por Alencar Gonçalves de Souza, morador de Icaraíma, e os paulistas Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso. Eles não são vistos desde 5 de agosto. Conforme as investigações, os três paulistas vieram à cidade para cobrar dívidas e, a partir de então, perderam contato. A principal linha de apuração é homicídio, mas outras hipóteses não foram descartadas.

Dois homens foram apontados como suspeitos do crime: Antônio Buscariollo, 66 anos, e seu filho Paulo Ricardo Costa Buscariollo, 22, devedores das vítimas. Ambos tiveram prisão preventiva decretada em 8 de agosto e permanecem foragidos. Antônio possui passagem por posse ilegal de arma; Paulo Ricardo não tem antecedentes criminais.

A Polícia Civil coletou imagens de câmeras de segurança em locais de interesse, incluindo um endereço enviado por um dos desaparecidos a um amigo em São Paulo, pouco antes do sumiço. Inicialmente, o local estaria relacionado a uma negociação de veículo, sem ligação direta com o desaparecimento.

Relatos de vizinhos sobre disparos de arma de fogo também foram apurados, mas as informações se mostraram conflitantes, com versões divergentes sobre as áreas entre Vila Rica e outros pontos de Icaraíma. O delegado Menezes alertou para a circulação de muitos boatos, o que exige cautela por parte das autoridades.

Desde 6 de agosto, o Grupo Tigre atua com as equipes locais na investigação. Denúncias de avistamentos dos suspeitos em cidades do Paraná e de São Paulo foram checadas, mas não confirmadas. Menezes destacou que as “fisionomias comuns” dos investigados podem estar dificultando reconhecimentos corretos.

Boatos acerca da existência de um bunker onde os corpos estariam ocultos também foram investigados. No dia 8, Polícia Civil, Polícia Militar Ambiental e Corpo de Bombeiros vistoriaram o local com cães farejadores, sem encontrar indícios.

“As equipes estão checando todas as informações recebidas, mas até agora nada foi encontrado. Já exaurimos todos os pontos repassados”, afirmou Menezes, pedindo que a população colabore apenas com dados consistentes, a fim de evitar o desperdício de recursos públicos.

Fonte: CGN por O Bem Dito