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Terça-feira, 03 de Junho de 2025
Servidor é denunciado por desviar mais de 7 toneladas de alimentos doados a hospital
Correio do Ar

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da Promotoria de Justiça de Jaguapitã, no Norte Central do estado, denunciou um servidor público municipal pelo crime de peculato, após apurar o desvio de aproximadamente 7,5 toneladas de alimentos destinados ao Hospital Municipal de Jaguapitã.
De acordo com a denúncia, os desvios ocorreram entre março de 2018 e fevereiro de 2023, período em que o servidor era responsável por buscar as doações de alimentos na Ceasa de Londrina e entregá-las ao hospital. Parte dos alimentos era desviada durante o trajeto, antes da entrega.
A fraude foi confirmada em 10 de fevereiro de 2023, quando funcionários da Ceasa acompanharam o transporte e constataram que nem todos os alimentos chegaram ao hospital.
Modus operandi
Desde 2017, ainda de forma informal, o servidor realizava esse transporte. Segundo a investigação, ele frequentemente parava em sua própria residência para realizar um suposto “controle de qualidade” dos produtos — momento em que parte das doações era desviada.
Mesmo após a implantação, em 2021, do programa Banco de Alimentos Comida Boa, que instituiu triagens com nutricionistas para garantir a qualidade dos produtos, o servidor continuou adotando esse procedimento para justificar as paradas e os desvios.
O que foi desviado
Entre os alimentos desviados estão, segundo a denúncia:
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2.074 kg de cebola
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1.825 kg de coco verde
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918 kg de batatinha
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730 kg de batata
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625 kg de abacate
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491 kg de melancia
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335 kg de melão amarelo
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299 kg de morango
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193 kg de pera
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Além de quantidades menores de alho, milho, uva, doces, alimentos congelados, pitaya, pimentão e outros itens.
Pedidos do MP
Além da condenação criminal por peculato (com pena de 2 a 12 anos de prisão, mais multa), o Ministério Público também requer que o réu seja condenado a indenizar o município de Jaguapitã pelos danos materiais, além de eventual pagamento por danos morais coletivos, a ser definido pela Justiça.
Fonte: Umuarama News