O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio da Promotoria de Justiça de Iretama e do núcleo de Maringá do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou, nesta terça-feira, 23 de setembro, a Operação Luz do Dia. A ação visa investigar a prática dos crimes de tortura e abuso de autoridade supostamente cometidos por agentes da Polícia Civil.

Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nos municípios de Maringá, Engenheiro Beltrão e Roncador, em endereços ligados aos alvos da investigação. Além disso, outras medidas cautelares foram executadas, incluindo buscas pessoais, afastamento de cargos e funções públicas, suspensão de porte e posse de armas de fogo, e proibição de contato entre os investigados. Segundo o MPPR, tais medidas têm como objetivo garantir a continuidade das investigações e impedir possíveis interferências por parte dos investigados.

As investigações conduzidas pelo MPPR apontam indícios de que um delegado e um investigador da Polícia Civil, anteriormente lotados na delegacia de Iretama, teriam cometido crimes de tortura, abuso de autoridade e outras práticas ilícitas durante o exercício de suas funções. Os fatos, de acordo com as apurações, ocorreram principalmente no período da noite e da madrugada, em situações de vulnerabilidade das vítimas.

As ordens judiciais que autorizaram as medidas foram expedidas pela Vara Criminal de Iretama. O cumprimento das ações contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil.

O nome da operação, Luz do Dia, faz referência ao contraste com os crimes sob suspeita, que teriam sido praticados durante a noite e a madrugada, período em que os agentes públicos estavam lotados em Iretama. A denominação simboliza o esforço das autoridades em trazer luz aos fatos investigados.

Fonte: CGN